O Menino do Pijama Listrado - minha opnião

Tanto o filme, quanto o livro são obras fantásticas que relatam um pouco do sofrimento dos judeus a partir dos olhos de dois garotos, inocentes, que tornaram-se amigos apesar de toda aquela situação. Uma grade de arames farpados impedia seu contato físico, mas, partindo do momento em que se encontraram, manterem uma constante comunicação. Essa divisória não os impediu de despertar neles a vontade de acabar com os problemas do outro, de se ajudarem; pelo contrário: ela fez com que eles ultrapassem barreiras para ver a felicidade no olhar do próximo.

Honestamente, acredito que todos devem ao menos assistir o filme ou ler o livro uma vez na vida. Ao passo que a obra é intensa e marcante, também é
repleta de sensibilidade e amor. Talvez seja necessário algum tempo para que cada um perceba uma mensagem além do que aquela passada; uma mensagem que percebemos de maneira individual e única e que levamos para toda a vida.

Quando assisti ao filme pela primeira vez devia ter por volta de uns 8 anos. Minha tia, como já tinha o visto, aconselhou que meus primos e eu fossemos brincar, pois o mesmo continha cenas fortes, mas insisti em ficar, um arrependimento que não me veio em nenhum dia, mesmo depois de alguns anos. No momento em que os créditos subiram na tela da televisão e eu me dei conta de que aquele filme maravilhoso tinha acabado, estava em choque: lágrimas escorriam pelas minhas bochechas e as palavras não eram suficientes para descrever tudo que estava se passando em minha cabeça naquele instante.

Sofri junto com as personagens a morte de Bruno e Shmuel, mas o brilho nos meus olhos demonstrava mais que as lágrimas derramas, mais que a dor presente em meu peito. Este era, e ainda é, o resultado da admiração que tenho pela amizade de dois garotos que enfrentaram um campo de concentração juntos em busca da realização do sonho de um deles.